"Porta não ficou fechada" sobre acordo de ajuda alimentar

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, manifestou-se hoje convicta de que "a porta não ficou fechada" sobre a manutenção do programa europeu de ajuda alimentar aos mais carenciados, que tem merecido críticas de diversos países.
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"Creio que a porta não ficou fechada em relação a essa matéria, o que é um sinal positivo", declarou a governante em Bruxelas, onde decorre até sexta-feira um Conselho de Agricultura e Pescas. Na quarta-feira o presidente da Comissão Europeia voltou a criticar os Estados-membros que têm colocado obstáculos à manutenção do programa de ajuda alimentar aos mais carenciados, considerando que tal é "inaceitável" num período de crise.

Falando no Parlamento Europeu, Durão Barroso, referindo-se ao acordo recentemente alcançado no sentido de manter o Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC) por mais dois anos, disse que não está "completamente satisfeito" com o compromisso porque prevê o fim do programa a partir de 2014. "Continuo a achar que é inaceitável e muito difícil de entender como é que alguns governos, numa situação como a que temos hoje na Europa, de emergência social, não estão disponíveis para mostrar mais solidariedade em tempos de crise. Temos de manter este compromisso com os mais pobres do nosso continente", declarou o presidente da Comissão.

Durante os últimos meses, a Alemanha encabeçou uma "minoria de bloqueio" ao programa, tendo em Novembro aceitado viabilizar a sua manutenção nos próximos dois anos, mas sob a condição de a União renunciar ao PCAAC a partir de 2014.

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